Thomas Piketti,
economista francês, lançou recentemente o livro “Capital”, que tem causado
muita polêmica; segundo comentaristas, Piketti, com sua obra, substitui o livro
“O Capital” de Karl Marx, século XIX, no século XXI, apesar de assegurarem que o
economista nem leu a obra de seu antecessor, Marx.
Para Marx, o sistema de
livre mercado, denominado de “capitalismo”, assemelha-se a um jogo de pôquer no
qual são eliminados um a um dos jogadores até ficar somente um. Entendia que
esse fato provocaria a existência de uma minoria, os capitalistas, e a maioria,
os proletários. Essa situação levaria à revolução do proletariado que
culminaria com a tomada do poder. Isso não ocorreu.
Piketti oferece o
seguinte conceito para capital: estoque de todos os bens de propriedade de
indivíduos privados, corporações e governos, que podem ser comercializados no
mercado. Nessa denominação pode ser incluída imóveis e direitos de propriedade
intelectual.
O autor defende a ideia
de taxação progressiva na riqueza global dos milionários, formado por 1%, como
meio para conter as “desigualdades aterrorizantes” acumuladas pelos poderosos
no mundo moderno. Diz que essa situação acontece devido à taxa de retorno sobre
o capital que é sempre maior que a taxa de crescimento de renda, teoria
desenvolvida pelo “O Capital”, de Marx. Analisa
toda a evolução das desigualdades sociais nos dois últimos séculos.
Piketti mostra as
deficiências do capitalismo, principalmente no que se refere ao livre-mercado; faz
a diferenciação entre renda e riqueza e entende necessária a intervenção do
Estado para evitar a produção de oligarquias antidemocáticas, como ocorre no
mundo atual; serve de muitas estatísticas para fundamentar sua tese de
repercussão mundial.
Piketti tem sido muito
criticado pelos economistas, que mostram erros nas estatísticas publicadas, mas
ninguém nega que os ricos estão cada vez mais ricos e a classe média mantém-se
estacionada, principalmente na maior potência do mundo, os Estados Unidos.
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