O ministro Teori Zavascki é ministro do STF, desde
novembro de 2012, quando foi nomeado para ocupar a vaga deixada com a
aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Seu voto no processo do mensalão foi
fundamental para alterar o destino dos condenados, porque mudou a decisão
oferecida por Peluso nos Embargos
Infringentes.
No dia 18 de maio, um domingo, o ministro libertou
os presos da Operação Lava-Jato; um dia depois, reconsiderou a decisão para
manter a prisão do doleiro Alberto Youssef, Raul Henrique Srour, Nelma Mitsue
Penasso Kodama, Carlos Habid Chater e Renê Luiz Pereira. Deixou solto apenas o
ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso desde o mês de
março.
Determinou que todos os processos sobre a operação
Lava-Jato sejam encaminhados ao STF, apesar de nem todos envolverem autoridades
com direito a foro privilegiado. Essa decisão contribuirá para paralisar a
apuração dos fatos envolvendo os doleiros, parlamentares e outras autoridades
federais.
A operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia
Federal, presta-se para apurar irregularidades na Petrobrás que causou o desvio
de 10 bilhões de dólares. Foi a primeira vez que a Polícia entrou na sede da
Petrobrás para revirar papéis em busca de irregularidades ocorridas no governo
de Lula e Dilma Rousseff, como também, pela primeira vez, um dirigente da
estatal foi preso como integrante de quadrilha de lavagem de dinheiro.
Sebastião Nery, célebre jornalista baiano, radicado
no Rio de Janeiro, sobre o assunto escreveu:
“Não sei com quem o ministro Teori Zavbaschi, do Supremo, cochicoou.
Mas deve ter cochichado com um cochicho muito poderoso, para chegar a uma
decisão tão estapafúrdia, a uma teroai tão zavascada. Tudo bem. Ninguém entende
mesmo cabeça de juízes. Mas tentem entender o tortuoso Zavascki. Eram 12
presos. Ele queria soltar um, o cochichado. Em vez de manter 11 presos e soltar
o cochichado, ele soltou à noite todos os 12 e rendeu novamente 11 ao
amanhecer. O país levou um susto, as machetes das TVs e jornais explodiram. E o
cochichado? O cochichado, ora,! Continua cochichando.
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