segunda-feira, 2 de junho de 2014

O COCHICO DO MINISTRO


O ministro Teori Zavascki é ministro do STF, desde novembro de 2012, quando foi nomeado para ocupar a vaga deixada com a aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Seu voto no processo do mensalão foi fundamental para alterar o destino dos condenados, porque mudou a decisão oferecida  por Peluso nos Embargos Infringentes.
No dia 18 de maio, um domingo, o ministro libertou os presos da Operação Lava-Jato; um dia depois, reconsiderou a decisão para manter a prisão do doleiro Alberto Youssef, Raul Henrique Srour, Nelma Mitsue Penasso Kodama, Carlos Habid Chater e Renê Luiz Pereira. Deixou solto apenas o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso desde o mês de março.
Determinou que todos os processos sobre a operação Lava-Jato sejam encaminhados ao STF, apesar de nem todos envolverem autoridades com direito a foro privilegiado. Essa decisão contribuirá para paralisar a apuração dos fatos envolvendo os doleiros, parlamentares e outras autoridades federais.
A operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal, presta-se para apurar irregularidades na Petrobrás que causou o desvio de 10 bilhões de dólares. Foi a primeira vez que a Polícia entrou na sede da Petrobrás para revirar papéis em busca de irregularidades ocorridas no governo de Lula e Dilma Rousseff, como também, pela primeira vez, um dirigente da estatal foi preso como integrante de quadrilha de lavagem de dinheiro.    
Sebastião Nery, célebre jornalista baiano, radicado no Rio de Janeiro, sobre o assunto escreveu:
       “Não sei com quem o ministro Teori Zavbaschi, do Supremo, cochicoou. Mas deve ter cochichado com um cochicho muito poderoso, para chegar a uma decisão tão estapafúrdia, a uma teroai tão zavascada. Tudo bem. Ninguém entende mesmo cabeça de juízes. Mas tentem entender o tortuoso Zavascki. Eram 12 presos. Ele queria soltar um, o cochichado. Em vez de manter 11 presos e soltar o cochichado, ele soltou à noite todos os 12 e rendeu novamente 11 ao amanhecer. O país levou um susto, as machetes das TVs e jornais explodiram. E o cochichado? O cochichado, ora,! Continua cochichando.

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