O dr.
Laércio Gallate, titular da comarca de Muzambinho, MG, baixou portaria nos
seguintes termos:
“Considerando
inexistência de cadeia pública na cidade, pois a então existente foi desativada
em 1989, e o prédio se acha em reforma para abrigar novas instalações da
Prefeitura Municipal:
“Fica
proibida a prisão em flagrante delito, ressalvada a hipótese de a própria
autoridade policial conseguir vaga em cadeia da região para o preso.
“Os
mandados de prisão não cumpridos deverão ser informados ao Juiz da Comarca,
dando-se o motivo do não-cumprimento para que sejam divulgados pela imprensa, e
a comunidade tome conhecimento para se precaver contra a falta de segurança
pública, já que terá de conviver com sentenciados não segregados.
Cumpra-se e intime-se.”
Preso porque tentava
furtar um pacote de mercadorias no Supermercado “Alô Brasil”, de Uberlândia.
Negou a autoria do crime ao delegado e ao juiz. Disse que não furtou nada.
O juiz, fitando o
interrogado disse-lhe:
“Pois bem, homem sem
culpas, contrate então um advogado e apresente as suas testemunhas”.
Juca Bala levantou a
cabeça e falou ao juiz:
“Estou vendo que o senhor
juiz não tem nenhuma experiência em roubo!
Perguntou o juiz o motivo
dessa afirmação e Juca respondeu-lhe:
“É que eu nunca levo
testemunhas!”
Apresentada
reclamação contra uma empresa e a reclamante é notificada para prestar
declarações.
Informa
à juiza a exploração a qual era submetida nos seguintes termos:
“Foram
quase dois anos, Doutora, sem descanso, carregando nas costas a mandioca dele”.
Prosseguiam
os trabalhos de apuração de eleições em pequena cidade; todos cansados, quando
pela madrugada, a Comissão apuradora propõe suspensão dos trabalhos para
descanso. A maioria preferiu visitar famosa lagoa e ponto turístico do
município.
Esquematizaram
como se daria o transporte e a alimentação, na lagoa. O magistrado mantinha sua
seriedade, mas o clima estava bastante relaxante. Sem carro dirige-se o Juiz ao
Secretário da Junta:
“Afinal,
meu caro Secretário, carro para mim não é problema: você me emprestaria aquele
seu carrinho de mão com que trabalha na horta de seu quintal, fora do
expediente, e eu iria nele para a lagoa!”
O Secretário
fechou a cara, contraiu os músculos do rosto e respondeu ríspido:
“Não
senhor”.
Os
que ouviram o diálogo, cabisbaixos e mudos ficaram, enquanto o Juiz ficou sem
graça com a “gaffe” cometida, sem entretanto perceber o motivo. Constrangido
convidou a todos para o encontro.
Já na
lagoa, o Juiz conversava com o Secretário da Junta e com o escrivão eleitoral.
Apesar de indagar sobre o motivo do incidente, não conseguiu explicação até que
o escrivão falou:
“Doutor,
o senhor pediu por empréstimo a mulher dele; para nós, aqui, carrinho de mão é
uma mulher, a esposa da gente!”
"Arquive-se esta execução,
porque, o exeqüente foi executado (à bala) pelo devedor." Em execução numa
Comarca de Mato Grosso.
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