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terça-feira, 10 de junho de 2014

PENSE – COMA - POUPE


A escolha mundial do dia 5/6, dedicado ao Meio Ambiente, acontece desde o ano de 1972, por ocasião da abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano.

A conferência, naquele oportunidade, reuniu mais de 100 países e tratou da degradação, provocada pelo homem ao meio ambiente, junto com os riscos para a sobrevivência da vida na terra. 

A cada 5 de junho, as Nações Unidas cria um tema para essa comemoração. Nesse ano de 2014, escolheu-se o seguinte tópco: “PENSE – COMA – POUPE”.

George Monbiot, no jornal britânico The Guardian, foi preciso, quando sintetizou a situação atual da seguinte forma:

“It’s simple. If we can’t change our economic system, our number’s up”. Quis dizer o ambientalista que se não alterarmos nosso sistema econômico, o colapso será inevitável. Trata o autor do acúmulo de carbono na atmosfera e dos problemas das mudanças climáticas, associadas à opção do homen na escolha, como padrão de vida, do crescimento da economia. Para Monbiot a destruição planetária localiza-se na ambição sem limite do homem pelo uso indiscriminado e sempre crescente do carvão, do petróleo e do gás. 

Bem adequada a expressão de que: “Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come”. 

A questão ambiental não comporta divisão entre ricos e pobres, pois o aquecimento climático, denominado de “bomba demográfica”, assim como as perspectivas demográficas, chamada de “bomba climática”, na expressão do Prof. Paulo Nogueira Neto, trarão imenso sofrimento para bilhões de pessoas.

O Brasil é privilegiado no planete, porque conta com rica biodiversidade, constituída por vasta vegetação, formada por florestas, matas, cerrados, manguezais, rios, praias e formações rochosas, além da fauna que, infelizmente, registra várias espécies em extinção; a invejável floresta amazônica é conhecida em todo o mundo como o “pulmão do mundo”.

Os males ao meio ambiente são provocados por poucos, mas os resultados resultantes incidem sobre toda a sociedade. Daí o motivo pelo qual deve haver interesse da comunidade na fiscalização sobre a poluição do meio ambiente.

O Brasil, apesar dos prejuízos causados, progrediu, pois temos uma legislação avançada; fixou-se metas de redução de emissões de gases, criou-se instrumentos financeiros, a exemplo do Fundo Amazônica e o Fundo Clima; alguns Estados brasileiros já trabalham com o ICMS ecológico; reduziu-se o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, além do efeitivo reconhecimento da importância dos biomas Cerrado e Caatinga.

Recentemente, a  Union of Concerned Sicentists – UCS – divulgou relatório, “Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento”, onde aponta o Brasil como líder no combate à mudança do clima; informa que houve queda de 19% nas emissões de gases-estufa, causados pela derrubada de florestas tropicais. O estudo dessa ONG americana informa que nos anos 1990 foram desmatados no mundo, em média, 16 milhões de hectares por ano; na década de 2000, esse número caiu para 13 milhões de hectares.  

Necessários avanços para não se conviver somente com o discurso político; há exagero no consumo de bens supérfluos, inclusive com a explosão da frota de automóveis; usa-se indiscriminada e crescentemente os agrotóxicos e libera-se, quase automaticamente, o uso dos transgênicos. Para complementar, mostra-se inaplicável a avançada legislação brasileira ambiental.

O colapso, no Brasil, é visualizado pela enchentes e secas, seguidas de mortes e destruição; pelo racionamento de água através do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento para a população de São Paulo e região metropolitana; pelos apagões.


Assim, a natureza responde aos maus-tratos que recebe dos homens.

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