A escolha mundial do dia 5/6, dedicado ao Meio
Ambiente, acontece desde o ano de 1972, por ocasião da abertura da Conferência
de Estocolmo sobre o Ambiente Humano.
A conferência, naquele oportunidade, reuniu mais de
100 países e tratou da degradação, provocada pelo homem ao meio ambiente, junto
com os riscos para a sobrevivência da vida na terra.
A cada 5 de junho, as Nações Unidas cria um tema
para essa comemoração. Nesse ano de 2014, escolheu-se o seguinte tópco: “PENSE – COMA – POUPE”.
George Monbiot, no jornal britânico The Guardian,
foi preciso, quando sintetizou a situação atual da seguinte forma:
“It’s simple. If we can’t change our economic
system, our number’s up”. Quis dizer o ambientalista que se não alterarmos
nosso sistema econômico, o colapso será inevitável. Trata o autor do acúmulo de
carbono na atmosfera e dos problemas das mudanças climáticas, associadas à
opção do homen na escolha, como padrão de vida, do crescimento da economia. Para
Monbiot a destruição planetária localiza-se na ambição sem limite do homem pelo
uso indiscriminado e sempre crescente do carvão, do petróleo e do gás.
Bem adequada a expressão de que: “Quando a última
árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último
peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não
se come”.
A questão ambiental não comporta divisão entre
ricos e pobres, pois o aquecimento climático, denominado de “bomba demográfica”,
assim como as perspectivas demográficas, chamada de “bomba climática”, na
expressão do Prof. Paulo Nogueira Neto, trarão imenso sofrimento para bilhões
de pessoas.
O Brasil é privilegiado no planete, porque conta
com rica biodiversidade, constituída por vasta vegetação, formada por
florestas, matas, cerrados, manguezais, rios, praias e formações rochosas, além
da fauna que, infelizmente, registra várias espécies em extinção; a invejável
floresta amazônica é conhecida em todo o mundo como o “pulmão do mundo”.
Os males ao meio ambiente são provocados por
poucos, mas os resultados resultantes incidem sobre toda a sociedade. Daí o
motivo pelo qual deve haver interesse da comunidade na fiscalização sobre a
poluição do meio ambiente.
O Brasil, apesar dos prejuízos causados, progrediu,
pois temos uma legislação avançada; fixou-se metas de redução de emissões de
gases, criou-se instrumentos financeiros, a exemplo do Fundo Amazônica e o
Fundo Clima; alguns Estados brasileiros já trabalham com o ICMS ecológico;
reduziu-se o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, além do efeitivo
reconhecimento da importância dos biomas Cerrado e Caatinga.
Recentemente, a Union of Concerned Sicentists – UCS – divulgou
relatório, “Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento”, onde aponta o
Brasil como líder no combate à mudança do clima; informa que houve queda de 19%
nas emissões de gases-estufa, causados pela derrubada de florestas tropicais. O
estudo dessa ONG americana informa que nos anos 1990 foram desmatados no mundo,
em média, 16 milhões de hectares por ano; na década de 2000, esse número caiu
para 13 milhões de hectares.
Necessários avanços para não se conviver somente
com o discurso político; há exagero no consumo de bens supérfluos, inclusive
com a explosão da frota de automóveis; usa-se indiscriminada e crescentemente os
agrotóxicos e libera-se, quase automaticamente, o uso dos transgênicos. Para
complementar, mostra-se inaplicável a avançada legislação brasileira ambiental.
O colapso, no Brasil, é visualizado pela enchentes
e secas, seguidas de mortes e destruição; pelo racionamento de água através do
Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento para a população de
São Paulo e região metropolitana; pelos apagões.
Assim, a natureza responde aos maus-tratos que recebe
dos homens.
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