O desembargador
Siro Darlan, em conversa por telefone com o #SalaSocial afirmou que:
“O Ministério
Público é uma inutilidade. Ele é muito eficiente quando lhe interessa. Mas há
situações em que o MP se omite. Hoje estamos com prisões superlotadas porque o
MP é eficiente na repressão do povo pobre, do povo negro. 70% do sistema
penitenciário do Rio de Janeiro está vinculado a crimes de drogas, o que
efetivamente não tem nehuma periculosidade. Vender droga ilícita é
absolutamente igual ao camarada que vende cachaça. São drogas”.
Sobre a imprensa
declarou:
“Há um privilégio
econômico aí, porque a grande mídia é financiada pela publicidade oficial. Em
contrapartida, dá cobertura a esses interesses. Diferente de outras nações,
aqui há um desrespeito às pessoas que estão sendo investigadas e sobre as quais
não um juízo de condenação. Elas são previamente condenadas pela imprensa.
Independente de serem condenadas, então, elas já cumprem penas, porque são
expostas.
Sobre o habeas
corpus concedido aos ativistas no Rio disse:
“Num cenário pior,
se esses suspeitos forem condenados, sequer serão recolhidos à prisão. Supondo
que a pena seja de dois anos, ela será substituída por penas alternativas.
Então, qual a justificativa para uma prisão antecipada? É uma coisa kafkaniana
“prender alguém para evitar”.
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