O Supremo Tribunal
Federal encerrou ontem a última sessão do primeiro semestre com a aposentadoria
do ministro Joaquim Barbosa. O ministro não fez discurso de despedida.
Barbosa disse que
estava com a “alma lavada” e não pretende seguir a carreira política: “A
política não tem na minha vida essa importância toda, a não ser como objeto de
estudos e reflexões. Mas uma política em um senso bem elevado do termo, uma
política examinada sob a ótica das relações entre os Estados, entre as nações.
Eu não tenho esse apreço todo pela política, por essa política do dia a dia.
Isso não tem grande interesse para mim”.
Após 11 (onze) anos
como ministro, com apenas 59 anos e, portanto, poderia continuar na Casa por
mais 11 anos, quando teria a compulsória, resolveu interromper o mandato de
Presidente, assumido em novembro/2012, para aposentar-se.
Joaquim Barbosa atuou
no Ministério Público Federal e foi indicado para o STF pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, no ano de 2003.
Seu grande trabalho e
que mereceu a admiração dos brasileiros foi no julgamento da Ação Penal n. 470,
processo do mensalão, quando foi o responsável maior pela condenação à cadeia
de grande parte da equipe dos auxiliares do ex-Presidente Lula e de membros do
PT.
A ação de Barbosa não
se tornou completa porque o artifício de atrasar o andamento do processo para
alcançar a aposentadoria compulsória de dois ministros, Cezar Peluso e Ayres
Brito, que votaram pela condenação, provocou um novo julgamento com os Embargos
Infringentes e os recém empossados contribuíram para diminuir a pena dos
condenados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário