quarta-feira, 2 de julho de 2014

STF SEM BARBOSA

O Supremo Tribunal Federal encerrou ontem a última sessão do primeiro semestre com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa. O ministro não fez discurso de despedida.

Barbosa disse que estava com a “alma lavada” e não pretende seguir a carreira política: “A política não tem na minha vida essa importância toda, a não ser como objeto de estudos e reflexões. Mas uma política em um senso bem elevado do termo, uma política examinada sob a ótica das relações entre os Estados, entre as nações. Eu não tenho esse apreço todo pela política, por essa política do dia a dia. Isso não tem grande interesse para mim”.

Após 11 (onze) anos como ministro, com apenas 59 anos e, portanto, poderia continuar na Casa por mais 11 anos, quando teria a compulsória, resolveu interromper o mandato de Presidente, assumido em novembro/2012, para aposentar-se.

Joaquim Barbosa atuou no Ministério Público Federal e foi indicado para o STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 2003.

Seu grande trabalho e que mereceu a admiração dos brasileiros foi no julgamento da Ação Penal n. 470, processo do mensalão, quando foi o responsável maior pela condenação à cadeia de grande parte da equipe dos auxiliares do ex-Presidente Lula e de membros do PT.


A ação de Barbosa não se tornou completa porque o artifício de atrasar o andamento do processo para alcançar a aposentadoria compulsória de dois ministros, Cezar Peluso e Ayres Brito, que votaram pela condenação, provocou um novo julgamento com os Embargos Infringentes e os recém empossados contribuíram para diminuir a pena dos condenados.

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