Servidores da comarca de Tanque Novo encaminharam ofício à
Presidência, enumerando os motivos pelos quais não se justifica a agregação da
unidade. Mostram que esse ato vai penalizar os municípios de Tanque Novo,
Botuporã, que formam a comarca, além de danos a Igaporã, comarca mãe.
Esclarecem que a unidade tem extensão geográfica de 1.368,41 km2, população de
27.249; juntados os 3 (três) com Igaporã, que tem 15.205, perfaz um total de
42.454, número bem distante do que a ONU considera razoável para um juiz, 12
mil habitantes.
Além de todos os argumentos, não se pode desconsiderar as
dificuldades de acesso à Justiça, pois como se disse anteriormente nesse BLOG, a região de Tanque Novo já passou por uma desativação,
quando Botuporã, em 2011, foi desativada e anexada a Tanque Novo, sacrificando
a população; agora querem castigar mais uma vez os dois municípios, com a
pretensão de deixar quase 30 mil cidadãos sem a justiça no local, que deverão
em algum momento, como nas audiências, deslocar por quase 70 km para chegar à
justiça.
A distância de Botuporã a Igaporã são 67 km e não há regularidade
de transporte, além do péssimo estado das estradas Botuporã/TanqueNovo/Igaporã.
A arrecadação de impostos estaduais no ano de 2013 foi de R$
5.086.201,67; no corrente ano de janeiro a junho já chega a 2.481.098,00;
tramitam na comarca 1.872 processos, mesmo sem juiz, sem promotor e sem
defensor público; até 16/7 do corrente ano foram autuados 437 processos.
Ademais, o prefeito já doou terreno para construção do fórum
em gesto de apoio às dificuldades do Tribunal. Os prefeitos dos municípios de
Botuporã e Tanque Novo não medirão esforços para que sejam mantidas as
comarcas, pois a agegação causará embaraços às suas administrações. Aliás, os
administradores municipais tem-se mostrado bastante sensíveis com o grito de
seu povo, daí o empenho para que o Tribunal desista desse ato, como procedeu os
tribunais da Amazonia, de Mato Grosso e de Alagoas.
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