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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O NOBRE DEPUTADO


Márlon Reis é juiz no Maranhão e ficou muito conhecido pela luta para edição da lei da “Ficha Limpa”, originada de iniciativa popular, após a coleta de mais de 1.6 milhões de assinaturas. Essa lei foi aplicada pela primeira vez nas eleições municipais de 2012, impedindo a candidatura de mais de 900 pretendentes a cargos políticos.

É um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção e autor de outro importante trablaho “O Gigante Acordado”; trata o autor da denúncia de práticas ilegais no meio político e da movimentação de várias entidades em busca de profunda reforma política no país.

No próximo dia 7 de agosto, quinta feira, às 19.30 horas, no Centro Paroquial de São Cristovão, Praça da Matriz, no bairro de São Cristovão, em frente à 49º Companhia Independente da Política Militar, o juiz Márlon estará em Salvador para lançamento de seu livro “O Nobre Deputado”; é um romance no qual o autor serve-se de personagens fictícios para narrar as tramoias, a corrupção, os gastos absurdos para eleição de deputado. Ouviu deputado, gente do meio político para mostrar a realidade de uma eleição para deputado federal e estadual.

O aliciamento dos cabos eleitorais, o esquema da compra de apoio político de lideranças, a definição do resultado da eleição bem antes do encerramento da votação, tudo isso é tratado no minucioso trabalho do juiz Márlon Reis.

Em certo momento do livro, Cândido Peçanha, o personagem principal, diz que “a única coisa que vira o jogo é uma avalanche de dinheiro. O jogo é comprado, vence quem paga mais. Sempre foi assim e sempre será...”


Depois de assistir a uma entrevista dada no “Fantástico”, sobre o livro, houve grande rebuliço na Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, prometeu representar contra o juiz no CNJ, alegando que a reportagem “desestimula o exercício da cidadania e, ao contrário do objetivo veiculado, reforça a ideia de que a política de nada serve à população brasileira”. Os nobres deputados insurgiram-se contra o juiz, pedindo até mesmo sua convocação para dar nomes aos corruptos.

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