Márlon Reis é juiz
no Maranhão e ficou muito conhecido pela luta para edição da lei da “Ficha
Limpa”, originada de iniciativa popular, após a coleta de mais de 1.6 milhões
de assinaturas. Essa lei foi aplicada pela primeira vez nas eleições municipais
de 2012, impedindo a candidatura de mais de 900 pretendentes a cargos
políticos.
É um dos
fundadores do Movimento de Combate à Corrupção e autor de outro importante
trablaho “O Gigante Acordado”; trata o autor da denúncia de práticas ilegais no
meio político e da movimentação de várias entidades em busca de profunda
reforma política no país.
No próximo dia 7
de agosto, quinta feira, às 19.30 horas, no Centro Paroquial de São Cristovão,
Praça da Matriz, no bairro de São Cristovão, em frente à 49º Companhia
Independente da Política Militar, o juiz Márlon estará em Salvador para
lançamento de seu livro “O Nobre Deputado”; é um romance no qual o autor
serve-se de personagens fictícios para narrar as tramoias, a corrupção, os
gastos absurdos para eleição de deputado. Ouviu deputado, gente do meio
político para mostrar a realidade de uma eleição para deputado federal e
estadual.
O aliciamento dos
cabos eleitorais, o esquema da compra de apoio político de lideranças, a
definição do resultado da eleição bem antes do encerramento da votação, tudo
isso é tratado no minucioso trabalho do juiz Márlon Reis.
Em certo momento
do livro, Cândido Peçanha, o personagem principal, diz que “a única coisa que
vira o jogo é uma avalanche de dinheiro. O jogo é comprado, vence quem paga
mais. Sempre foi assim e sempre será...”
Depois de assistir
a uma entrevista dada no “Fantástico”, sobre o livro, houve grande rebuliço na
Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves,
prometeu representar contra o juiz no CNJ, alegando que a reportagem
“desestimula o exercício da cidadania e, ao contrário do objetivo veiculado,
reforça a ideia de que a política de nada serve à população brasileira”. Os
nobres deputados insurgiram-se contra o juiz, pedindo até mesmo sua convocação
para dar nomes aos corruptos.
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