A imposição de metas e a implantação do processo eletrônico tem causado, além de estresse, danos à saúde física e mental dos magistrados. E a entidade pune os juízes que não cumprem as metas, apesar dos 95 milhões de processos que tramitam no país. Segundo o próprio CNJ são seis mil processos para cada juiz.
O processo eletrônico tem contribuído para provocar doenças ocupacionais nos juízes e nos servidores, vez que são obrigados a permanecer muito tempo na frente do computador; prejudicam também a visão e lesão por esforço repetitivo.
O Rio Grande do Sul tomou providências para evitar maiores danos, consistentes na instalação de um programa no computador que trava, de tempo em tempos, para que o juiz ou servidor se lembre de dar uma pausa no trabalho.
Os juízes trabalham em média mais de nove horas diariamente e não conseguem diminuir o volume de processos residuais e iniciados. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – Anamatra – 64,3% dos 706 juízes trabalham nas férias, 70,4% nos fins de semana. Nesse estudo, 33,2% dos juízes trabalhistas estiveram de licença médica nos anos de 2010/2011, e 41,5% tiveram diagnóstico médico de depressão.
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