quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PITORESCO JUDICIÁRIO (XVI)

A MERETRIÇA JUIZA
Instalada a comarca é nomeada uma filha da cidade para assumir o cargo de juíza. Muita festa, principalmente porque todo o município festejava o evento, considerando o fato de emancipar a cidade da dependência a que estava atrelada com a antiga sede da comarca.
Muitos discursos, quando um filho da terra pede a palavra:
“O povo desta terra só pode está mesmo muito feliz. Afinar nóis conhece a meretriça desde piquinininha. É moça de gente importante. O pai dela, fundadô da cidade, foi o primeiro aqui. Comeu muito viago nesta terra... E foi o primeiro a dá a luz por aqui...
Prosseguiu o orador:
“Esta minina sempre foi muito boa cum todo mundo... quem dera qui todo muito fosse igual a ela. Aliás, eu nunca vi mulher pública tão boa. A meretriça, tenho fé, será ainda melhor agora, porque é a nosso muié pública e vai quebrar muito galho prá gente...”

JUSTIÇA SALOMÔNICA
Na cidade de Ipueiras, norte do Ceará, sumiu da residência de uma admiradora de cachorros uma linda cadela vira-latas que foi parar na casa de outra pessoa que esta prontamente adotou o bonito animal. A dona verdadeira soube do paradeiro e foi buscá-la, mas formalmente foi recusada a devolução da cachorra. O caso foi para decisão da juíza da cidade, dra. Maria de Fátima Bezerra.
A juíza determinou:
- Levem a cachorra para o centro do estádio Medeirão, ficando uma dona numa trave e outra na trave oposta. Soltem a cachorra no meio do campo.
Evidente que toda a cidade deslocou-se para o estádio. Assim que cumpriram a ordem da magistrada a cachorrinha saiu em disparada rumo a sua dona verdadeira, quase furando a rede. Houve muita alegria e comemoração com muito shop e foguetório na cidade.

MORTO CONDENADO

A Justiça da cidade de Ribeirão Preto, SP, em maio/2011, condenou Jair Francisco Manoel Júnior a 30 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado, ocorrido no ano de 2000. Acontece que Jair está morto desde o ano de 2008. Interessante é que na sessão do júri parentes do morto afirmaram que compareceram ao sepultamento do “morto/vivo”.

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