Já dissemos que o caos dos cartórios judiciais
distancia-se do lixo dos cartórios extrajudiciais, administrados pelo
Judiciário. O ambiente é impróprio para o trabalho, o número de servidores
deixa todos com o nervo à flor da pele, pelo regime de escravidão que se
implantou e o aumento das taxas cartorárias, em torno de 300%, não significou
absolutamente retorno algum para o jurisdicionado.
Um cidadão esteve no Cartório de Registro Civil de
Pessoas Naturais de São Pedro, Salvador, no dia 21/6, para obter guia de sepultamento
para a recém nascida Maria Júlia Oliveira Cruz de Jesus, filha de pessoas
pobres do interior, que faleceu no Hospital Geral Roberto Santos, Estrada do
Saboeiro.
Os pais contaram com a caridade de um conterrâneo
que tomou a iniciativa das providências burocráticas. Chegaram ao Cartório de
RCPN de São Pedro às 10.30 horas com o corpo da criança morta no carro,
esperando a guia para imediato sepultamento. O péssimo atendimento só aconteceu
às 14.30 horas e com a ameaça para que os pais e acompanhante retirassem da
sala e fossem para a fila. E o desenlace da situação só ocorreu devido a
interferência de um policial que condoeu com o quadro dantesco visualizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário