Quero, posso, devo tratar e dispensar,
nesse BLOG, concentrado para a área jurídica, um espaço para homenagear um grande HOMEM,
um cidadão singular, um amigo sincero e um educador, que deixa muitas boas
lembranças na terra onde viveu: EDSON ALKMIM DA CUNHA.
A cidade de Santana, no Oeste da Bahia, dispensa
tratamento especial a dois gandes líderes: Monsenhor Félix, na área educacional/espiritual
e Edson Alkmim da Cunha, como politico e educador. O primeiro chegou no
município, nos anos 1940, assim como o segundo que escolheu a nova morada. O
destaque do padre deu-se na área educacional, enquanto o segundo sobressaiu-se
no âmbito politico. Um e outro mostraram dotes nos ensinamentos da formação
pessoal e profissional dos jovens, na compreensão e ajuda aos menos favorecidos.
A cidade de Santana, as Filhas de
Fátima, o futebol de Santana, os pobres do município de Santana, os paroquianos
da Igreja de Sant’Ana, em Salvador, perdemos todos um homem humilde e bom, um
politico sério, um professor competente. Muita gente, entre as quais a Irmã Roselita,
da Congregação Filhas de Fátima, saiu de Santana, 800 quilômetros de Salvador,
para rezar e acompanhar o sepultamento do religioso e caridoso homem público.
O Senhor Edson foi político de grande envergadura
em toda a região do Oeste da Bahia, evidenciado em todo o estado; convocado
para auxiliar o governo Waldir Pires, ninguém entendeu quando esse homem,
sério, competente e honesto, no final do ano administrativo, devolveu valores
de sua pasta. É que não era comum esse procedimento, porquanto os homens
públicos direcionavam sempre para gastar o que recebiam, sem se importar com o
destino do dinheiro.
Edson foi professor do Educandário Diocesano
Sant’Ana, onde ministrava Contabilidade e “Educação Física”. Era um
profissional das contas e contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da
única indústria de algodão do Oeste da Bahia, nos anos 1950 e de uma indústria
de torrefação de café. Como mestre de contabilidade, ministrava aulas práticas
e mostrava-se bastante didático; como instrutor de “Educação Física”, tinha
grande paciência com seus alunos e buscava o preparo físico de todos. Realçava
no mestre Edson Alkmim da Cunha o sentimento de paternidade que demonstrava com
os jovens.
O município deve muito a este homem que foi
sepultado hoje, dia 12 de novembro, em Salvador, onde reside com a mulher e a
maior parte dos 13 filhos e netos; o estádio que a cidade tem foi construído na sua
administração; foi governante de Santana em três mandatos e sempre deixava o rastro
de humanidade, de caridade e de compreensão com os mais necessitados.
Edson Alkmim era homem de paz e apesar de político
nunca se indispôs com nenhum adversário; evidente que opositores
desentendiam-se com o político, mas, se não todos, a grande maioria, voltava
para o grande líder, amargurando o erro cometido em afastar-se de um homem
afável, bondoso, compreensivo e profundamente religioso.
Edson Alkmim sempre esteve perto de uma esposa, que
é a figura de uma santa, na terra: Irineia. Sem se adentrar pelo campo político
tratava com amabilidade incomum os amigos políticos de seu marido. Senhora respeitada
e prendada como professora e como mulher digna, fiel e companheira inseparável.
Um mereceu o outro, mas não se sabe quem emoldurou quem, pois o que foi, possuía
e a que fica possui religiosidade, caridade, bondade e compreensão singular.
O futebol de Santana já não tem o desportista
Edson; a Congregação das Filhas de Fátima perde o devoto de Nossa Senhora de
Fátima, que construiu a Igreja de Fátima; o município não esquecerá do prefeito
sério, caridoso e humano; todos choramos a viagem sem volta desse homem.
Chorei a morte do meu professor, do meu
amigo, de um homem que nunca vi destratando seu semelhante; sinto, principalmente,
porque, fora da cidade onde morreu, não pude acompanhar, como fizeram muitos
dos seus amigos, a despedida para a morada eterna.
Este homem tem um lugar especial, onde
estiver, pois soube plantar a semente da paz, do amor e do respeito ao próximo.
Fecham-se as cortinas e desaparece um dos maiores homens do Oeste da Bahia!
Ilhéus, 12 de novembro de 2015.
Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados.
Meu prezado Dr. Antonio, concordo com suas palavras. Tive o privilégio de conviver com ele, aqui em Salvador e também em Santana onde trabalhei por alguns anos no antigo BANEB. Fui também seu aluno de contabilidade no Educandário Diocesano Santana. Grande perda para a família, para a cidade e para os amigos.
ResponderExcluirMeu prezado Dr. Antonio, concordo com suas palavras. Tive o privilégio de conviver com ele, aqui em Salvador e também em Santana onde trabalhei por alguns anos no antigo BANEB. Fui também seu aluno de contabilidade no Educandário Diocesano Santana. Grande perda para a família, para a cidade e para os amigos.
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