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sábado, 16 de julho de 2016

ADA PELLEGRINI FALA SOBRE O JUIZ, O PROMOTOR E O ADVOGADO

Em recente entrevista concedida a ConJur, a processualista Ada Pellegrini Grinover entende que o ativismo judicial deve-se à omissão do Executivo e do Legislativo; diz que o Judiciário tornou-se “elemento de equilíbrio entre os demais poderes”. 

“Eu dou pareceres em processos, então não estou interessada nem no fato nem no direito material, e tenho encontrado nulidades flagrantes. E o que o tribunal faz? Vai ver o crime. Se o crime é daqueles que eles (os juízes) não gostam, como tráfico, não reconhecem nulidade nenhuma, porque querem punir. Tenho sentido muito isso, encontrado vícios de incompetência. Saem pela tangente porque o crime é de tráfico.” 

Sobre o Ministério Público afirma: “Primeiro, o Ministério Público tem que descer do salto, esquecer essa história do promotor natural, onde cada um faz o que quer…”. “E eles só fazem cursos na Escola do Ministério Público, que são cursos dados em geral pelos próprios integrantes do MP”. “A Constituição deu poder para o Ministério Público, mas eles inventaram o princípio do promotor natural por conta própria. Esse princípio é um absurdo. Não pode existir uma instituição com tanto poder que não receba nenhuma orientação”.

Sobre os advogados diz: “Quando vejo petições iniciais de 100 páginas eu também digo. “Estão loucos?”. Petições com 50 preliminares, a maioria delas furadas. O advogado perde o foco, não sabe distinguir o que é importante do que não é, não sabe qual é o ponto fulcral”.

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