Em junho/2016, a Polícia Federal, na Operação “La Muralla”, cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências e nos gabinetes da desa. Encarnação das Graças Salgado e do juiz Luis Carlos Valois, da Vara de Execuções Penais, além de escritórios de advogados e secretarias do edifício sede do Tribunal de Justiça do Amazonas. Os policiais apreenderam documentos nas casas da desembargadora e do juiz.
A desembargadora é acusada de ligação com a facção criminosa “Família do Norte”, CDN, esta responsabilizada pela rebelião e assassinatos de mais de 60 presos no Presídio. A Procuradoria-Geral da República atribui à magistrada o recebimento de propinas em troca de decisões favoráveis ao grupo criminoso. A desembargadora foi afastada em junho/2016 e, em dezembro, o ministro Raul Araújo propôs prorrogação do afastamento da magistrada por mais seis meses. O relator diz num dos despachos: “os episódios nos quais o nome da desembargadora é mencionado pelos envolvidos, em interceptações realizadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em mensagens cuja confrontação com outros elementos indica sua participação nos fatos investigados”.
A Operação “La Muralla”, iniciada em 2015, investigou a facção “Família do Norte”, FDN, e os investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecente do Amazonas interceptaram ligações telefônicas entre os advogados da FDN e servidores do Judiciário do Amazonas.
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