quinta-feira, 26 de outubro de 2017

MAIOR FIGURA DOS KIRCHNER É PRESO: CORRUPÇÃO

A desastrada corrupção imposta ao Brasil, nesses últimos anos, atingiu também a Argentina. Ainda ontem, 25/10, noticiamos o caso do juiz argentino Eduardo Freiler, suspenso do cargo, e respondendo a processos por corrupção. O magistrado possui fortuna, incompatível com o cargo que ocupa. 

Na área política, o ex-presidente Carlos Menem foi condenado a sete anos de prisão por tráfico de armas, fato ocorrido há vinte e cinco anos, e livrará da cadeia, porque ocupa uma cadeira no Senado Federal. Os congressistas podem responder a processos, mas se condenados não serão presos. 

A ex-presidente Cristina Kirchner está sendo processada por corrupção. Seu governo e de seu falecido esposo, Néstor Kirchner, foram responsáveis pelo atraso e pelo crescimento da corrupção no país. O juiz federal Sebastián Casanello deverá ouvir a ex-presidente em processo de corrupção, conhecido aqui como “la ruta del dinero K”. Fala-se que Cristina disputou o cargo para evitar ser presa pelos processos criminais aos quais responde.

Ontem, seu poderoso ex-ministro, Julio De Vido, que dominou as obras públicas de energia, transporte e os negócios com a Venezuela, deputado eleito em 2015, foi preso, por corrupção e fala-se, por aqui, que ele encabeça a Lava Jato argentina. Vido serviu à família Kirchner, nesses últimos doze anos, e agora está ao desamparo, na cadeia. A Câmara dos Deputados suspendeu o foro privilegiado por 176 votos e uma abstenção, praticamente à unanimidade. Os deputados da oposição ao governo atual, não compareceram ao Congresso para defender Vido. O ex-ministro nega o desvio de fundos milionários do Rio Turbio e tornou-se a maior figura do kircherismo a ser preso. Seus amigos dizem que Vido é perseguido politico. Ao invés de defender-se, no momento da prisão, o ex-ministro declarou: “Mándenle champagne a la doctora Carrió”. Vido responde por outros processos na Justiça, face à corrupção desenfreada no governo dos Kirchner. 

Enfim, há muita semelhança com o que se verificou no Brasil nesses últimos doze anos, mas a diferença é que aqui, as apurações estão começando e, no Brasil, estão querendo suspender o que já se apurou.

Buenos Aires, 26 de outubro de 2017.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

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