O Aeroporto de Nacala, no Moçambique, construído pela Odebrecht, com empréstimo do BNDES no valor de US$ 125 milhões, e inaugurado em 2014, continua praticamente sem uso, apesar de ter toda a estrutura de um grande aeroporto. É o segundo melhor aeroporto do país africano com capacidade para 500 mil passageiros por ano e recebe menos de 20 mil, de dois voos comerciais e semanais de Maputo, capital, para Nacala e dois voos privados da mineradora Vale.
Moçambique não paga as parcelas do empréstimo desde o final do ano de 2016, quando Dilma Rousseff foi afastada. A Odebrecht e a Embraer declararam ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que pagaram propina na construção da obra. O governo brasileiro financiou a obra sabendo que não haveria pagamento, pois Moçambique é um dos países mais pobres da África, e não ofereceu garantias suficientes para mostrar capacidade de pagar. Ademais, para viabilizar o financiamento, sem ter nome sujo na praça, o governo brasileiro, em 2004, perdoou dívidas anteriores de Moçambique no total de US$ 315 milhões.
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