O Quinto Tribunal Oral de Buenos Aires condenou hoje 48 ex-militares, à prisão perpétua, envolvidos na ditadura, no período 1976/1983. Os criminosos são responsáveis por tortura, assassinatos, desaparecimentos de pessoas e raptos de recém-nascidos, na Escola Superior de Mecânica Armada. Além disso, calcula-se que 4 mil prisioneiros, após serem drogados, eram jogados vivos de aviões militares sobre o mar ou o Rio da Prata. O ex-capitão da Marinha, Alfredo Astiz, cognominado de “Anjo da Morte” e José Eduardo Tigre, conhecido por “O Tigre” pegaram pena de prisão perpétua.
O julgamento histórico tinha 54 acusados, dos quais 29 foram condenados à prisão perpétua, 19 vão responder na prisão por oito a 25 anos e seis foram absolvidos. No Brasil, mesmo com a recomendação da Comissão Nacional da Verdade, encerrada em 2014, e com a Corte Internacional de Direitos Humanos que asseguram não haver prescrição nem perdão para crimes contra a humanidade, o STF manteve a validade da Lei de Anistia, de 1979, e bárbaros crimes cometidos pelos militares, no período negro da história recente, com a ditadura de 1964, ficaram todos sem punição.
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