A Associação dos Magistrados Estaduais soltou Nota corajosa de repúdio aos ministros do STJ que se apressaram em emprestar apoio ao ministro Gilmar Mendes, condenando o juiz de direito Glaucenir Oliveira, de Campos de Goytacazes.
A Nota dos juízes inicia assegurando que “há homens que agridem as suas esposas e o fazem exercitando a sua superioridade física e o seu machismo”, em referência direta a um ministro do STJ que responde a processo criminal por agressão à esposa. Dizem que a manifestação do juiz foi restrita a um grupo de whatsapp e consideram interessante o apoio dos ministros a Gilmar Mendes, mas indagam:
“Ora, ora. Senhores professores de ética, onde estavam Vossas Excelências, quando o mesmo ministro Gilmar Mendes foi achincalhado por outro ministro do STF, ao vivo, a cores, publicamente com direito a transmissão para o mundo inteiro?”
A Nota prossegue: “Porém, quando o magistrado do 1º grau, em um grupo fechado, exterioriza uma indignação, algo natural dos homens de bem, que trabalham com dedicação, honradez, e … paixão, Vossas Excelências, super-heróis da moralidade, defensores dos agredidos, incontinenti, vestem a capa professoral e garantidora da ética, exteriorizam a sua indignação e fazem publicar a sua aula magna”.
A Nota termina: “Mas, para concluir o primeiro parágrafo, vale levantar a seguinte questão: por que não adotaram a mesma postura quando os possíveis agressores da mesma “vítima” eram os ministros do STF?
É inevitável a comparação daquele machão que bate fisicamente na sua mulher dentro de casa, mas que na rua é um frouxo!
A ANAMAGES continuará acompanhando todos os desdobramentos desse fato e prestando ao magistrado todo o auxílio que se fizer necessário.”
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