segunda-feira, 23 de abril de 2018

ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS HONESTOS PERDE ISENÇÃO

Joan Farr, sem licença para advogar, criou a Associação dos Advogados Honestos, Association for Honest Attorneys, AHA, no ano de 2003 no Kansas, EUA, sem fins lucrativos e destinada a prestar serviços jurídicos gratuitamente. Na verdade a AHA não cobrava honorários, mas aceitava doações dos clientes, além de outras pessoas que estimulavam a honestidade na advocacia. 

Dentre os objetivos da entidade não constava a prestação de serviços, mas dedicada a “criar conscientização pública e buscar doações para desencorajar contenciosos, melhorar o sistema jurídico, manter os advogados honestos, economizar dinheiro dos clientes, reduzir o estresse das pessoas e buscar justiça para todos". 

Acontece que a AHA nunca teve um só advogado como associado, dai o motivo pelo qual somente a fundadora, Joan Farr, prestava o serviço jurídico. Em 2011, um juiz de Kansas, impediu Joan de exercer a advocacia, sob o fundamento de que violava a Lei de Proteção ao Consumidor. Para continuar com a entidade, Joan criou a estratégia de levar os clientes à Corte e explicar-lhes antes como se comportariam e como se defenderiam. A advogada chegou a protocolar um Mandado de Segurança a Suprema Corte, em favor de um dos seus clientes. 

Na Vara Tributária, apurou-se que Joan Farr recebeu em torno de US$ 70 mil, no ano de 2010, mais US$ 20 mil, em 2011, depois que já estava proibida de advogar. E o pior é que se descobriu que Joan era CEO, presidente do conselho, única tesoureira e com o dinheiro da entidade fazia compras em lojas de departamentos, supermercados, farmácias, lojas de construção, além de ter pago US$ 7.7 mil pela faculdade do filho e outras despesas pessoais. Na sua defesa, Joan disse que os pagamentos eram para compensar empréstimos pessoais que fez a AHA. 

Assim acabou o sonho da bacharela Joan Farr e de sua Associação dos Advogados Honestos!

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