O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva só se entregou depois de mais de 24 horas do prazo estipulado no decreto de prisão do juiz Sergio Moro, na sexta Feira. A Polícia Federal evitou o confronto e passou a negociar com os representantes do ex-presidente; inicialmente era para Lula entregar-se à Polícia depois de uma missa celebrada, no sábado, pela manhã, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, onde o ex-presidente estava desde a sexta feira, quando foi decretada sua prisão. Essa programação foi inventada no dia do decreto prisional.
Os advogados de Lula queriam que a prisão só se efetivasse na segunda feira, mas a Polícia não aceitou essa condição. À frente do Sindicato, os militantes do PT pediam a Lula para não se entregar e para resistir à prisão. No início da noite do sábado, 18.40 hs., Lula deixou o prédio do Sindicato e dirigiu-se à Polícia Federal que já o aguardava nas imediações, quando se efetivou a prisão. Tudo terminou como previa a Polícia Federal, para decepção de Lula e de seus seguidores, porquanto eles queriam que a Polícia invadisse o Sindicato.
Lula foi imediatamente submetido ao exame de corpo de delito e depois embarcou para Curitiba, onde cumprirá os primeiros dias da prisão; ficará entre 15 e 30 dias sem receber ninguém; somente depois que poderá ser visitado por seu filhos, mas não será permitida a visita de políticos. Nesse início da prisão, Lula ficará num quarto de 15 metros quadrados com uma cama de solteiro, uma mesa e uma cadeira, além de um banheiro, sem televisão; terá duas horas diárias de banho de sol em horário diferente dos outros presos.
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