A área compreendida entre o Mar Mediterrâneo e o rio Jordão foi denominada de Palestina, tanto pelos gregos quanto pelos romanos. O povo hebreu passou quase dois mil anos sem ter seu território e a mudança só ocorreu no século XIX, quando iniciaram o retorno ao antigo reino de Israel, território da Palestina, ocupado por árabes; era o movimento sionista, no qual houve movimentação principalmente originando da Alemanha, na 2ª guerra mundial, quando o regime nazista, de Adolf Hitler, promoveu o Holocausto, que acabou com a vida de 6 milhões de judeus.
A saída dos judeus de várias partes do mundo e a chegada em Israel marcou os conflitos entre judeus e palestinos. O povo judeu buscou e encontrou sua existência em um Estado nacional. Coube ao brasileiro Oswaldo Aranha, então presidente da Assembleia Geral da ONU, proclamar a aprovação da Resolução n. 181, que criava o Estado de Israel.
O Estado de Israel foi criado no dia 14 de maio de 1948, de conformidade com decisão da Organização das Nações Unidas. David Ben-Gurion, primeiro chefe do governo de Israel e líder do movimento Sionismo socialista, anunciou a formação do país. Fez-se a divisão da Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe; a Palestina, nesta época, estava sob mando do Reino Unido, que abandonou a área. Os palestinos e os países árabes vizinhos não aceitaram a divisão e por isso foi iniciada a guerra, logo depois da proclamação do Estado de Israel, no ano da criação, em 1948; os israelenses denominaram a este conflito de Guerra da Independência, e para os palestinos ficou conhecido como a Catástrofe, porque vencidos e expulsos; os agressores pretendiam eliminar a população judaica do novo Estado; o cessar fogo só aconteceu em janeiro/1949, quase um ano depois, iniciada em maio/1948; como resultado dessa guerra, o Estado de Israel expandiu seu território de 56% para 80%, causando a divisão da cidade de Jerusalém com judeus de um lado e jordanianos do outro, com a divisória que não permitia o trânsito de pessoas.
Israel perdeu, na guerra, 1% de sua população, porém 750 mil árabes deixaram o território de Israel, em fuga da guerra ou em virtude da ação dos comandantes israelenses.
Novo conflito aconteceu em junho/1967, a denominada Guerra dos Seis Dias, envolvendo Israel e os países árabes, Síria, Jordânia, Egito e Iraque, apoiados pelo Kuwait, Árabia Saudita, Argélia e Sudão. Antes mesmo do ataque, Israel investiu contra a força área egípcia e forças terrestres guerrearam na Faixa de Gaza e na península do Sinai. No terceiro dia do conflito, Israel ocupava todo o Sinai e, nas horas seguintes, conquistou a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, além de tomar as Colinas de Golã, na Síria.
Nesses 70 anos, o estado de Israel passou pelos assentamentos israelenses na Cisjordânia, onde vivem 2.9 milhões de palestinos e 400 mil israelenses, área controlada por Israel, desde 1967, com a Guerra dos Seis Dias. Mas, 1967, marcou também a nomeação de Jerusalém como capital do Estado de Israel.
Com todas as dificuldades pela frente, Israel tornou-se uma democracia estável, com economia em franca ascensão.
Salvador, 26 de abril de 2017
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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