sexta-feira, 13 de abril de 2018

PRESIDENTES BRASILEIROS PRESOS (II)

Washington Luís foi vereador, prefeito, no interior do Rio, e deputado federal, em 1900, eleito pelo estado de São Paulo; todavia, não assumiu o cargo de deputado, porque sua eleição não foi reconhecida pela Comissão de Verificação de Poderes da Câmara dos Deputados. Isso ocorreu porque Washington era ferrenho opositor ao então presidente Campos Sales, presidente no período de 1898/1902.

Em 1926, Washington Luis abdicou a cadeira do senado para candidatar-se à presidência da República. Não houve oposição ao candidato e a chapa Washington Luís e Melo Viana foi eleita; assumiu a presidência em 15 de novembro de 1926 e o país estava sob o estado de sítio, em face da Coluna Prestes; o presidente restaurou a legalidade, em dezembro de 1926, libertou presos políticos e reconheceu a legalidade do Partido Comunista no Brasil. Em 1927, foi publicada a Lei Celerada que censurava a imprensa e restringia a liberdade de reunião, além de considerar o Partido Comunista ilegal. 

A crise mundial de 1929 atingiu em cheio o Brasil, mas o candidato de Washington Luís, Julio Prestes obteve vitória frente a Getúlio Vargas, nas eleições de março de 1930. A Aliança Liberal, partido de Getúlio Vargas, acusou de fraudulenta as eleições e o assassinato de João Pessoa, candidato a vice na chapa de Vargas, contribuiu para deflagrar o movimento que causou a deposição de Washington Luís, sucedido por uma Junta provisória. 

A Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, implicou na deposição do presidente Washington Luis, na manhã do dia 24 de outubro, que fez questão de registrar que não estava renunciando. Deixou o Palácio das Laranjeiras e for conduzido para o forte de Copacabana, onde ficou preso, juntamente com alguns ministros. Washington negociou sua rendição e libertação para gozar de exílio voluntário na Europa e Estados Unidos, onde ficou até o ano de 1947. Washington não mais ingressou na política e foi residir em São Paulo, onde se recolheu, vindo a falecer em 1957. O ex-presidente morreu pobre.

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