Mais de 35 mil palestinos aglutinaram-se na fronteira que separa a faixa de Gaza do território de Israel, no dia sangrento de 14/05, quando se registra a continuação da "Grande Marcha do Retorno", movimento iniciado em 30 de março. Foram registradas quase 60 mortes e mais de três mil feridos a tiros, com os protestos de reivindicação do "regresso dos refugiados palestinianos às terras de onde foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel, em 1948”. O dia foi de greve geral em Gaza e os manifestantes forçavam os comerciantes a fechar seus comércios.
A criação do Estado de Israel implicou na expulsão de mais de 700 mil pessoas das terras que ocupavam. Nesses últimos 45 dias já se anotou a morte de 104 palestinos e 12 mil feridos. Binyamin Netanyahu assegurou que a ação do Exército é de autodefesa; Washington, como Israel, responsabilizam o Hamas pelos incidentes. O governo Trump, através da embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, assegurou que Israel agiu com moderação.
O governo português lançou Nota na qual vê “com grande alarme os acontecimentos em Gaza”. Defendeu o “princípio da proporcionalidade pelo uso da força”. O presidente turco Recp Tayyip Erdogan acusou Israel de “genocídio" e de ser um "estado terrorista". O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres defendeu a necessidade de israelitas e palestinianos viverem “em paz”. O Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Suiça manifestaram apoio a uma investigação independente, de conformidade com proposta do secretário-geral da ONU.
A menos de 100 quilômetros da faixa de Gaza, onde se registraram os protestos e mortes, no mesmo dia, o governo israelense celebrava as novas instalações diplomáticas norte-americana, e o primeiro-ministro agradecia ao governo Donald Trump pela iniciativa de mudar a Embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém.
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