A ministra aposentada Eliana Calmon, em entrevista ao jornal Estado de Minas, diz que "a Justiça do Trabalho foi aparelhada pelo PT. Eu vi de perto esse aparelhamento. Isso começou a acontecer no momento em que houve aquela ideia de acabar com a Justiça do Trabalho, e isso ia contra os interesses do sindicalismo, porque o grande e o fiel escudeiro do sindicalismo é a Justiça do Trabalho”. Calmon ainda assegurou: “É uma justiça louca. Uma pequena fábrica de polpa de fruta tem quatro empregados. Um empregado entra na Justiça do Trabalho e o empregador tem uma condenação para pagar R$ 300 mil? Este pequeno empresário nunca viu e nem sabe o que são R$ 300 mil. Então ele desmancha a fábrica, tudo que ele tem ele paga, e ainda fica inadimplente. Isso ocorre aos milhares”.
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, ANAMATRA, soltou Nota, manifestando “veemente repúdio" às afirmações da ministra aposentada, assegurando que "é mentirosa a afirmação de que a Justiça do Trabalho estaria “aparelhada”.
O presidente da ANAMATRA mostra-se desrespeitoso com a ministra Eliana Calmon e usa a arma dos que não tem razão com acusações infundadas a uma magistrada que deixou seu conceito, através da luta contra a corrupção e contra o corporativismo da toga. Quem conhece o funcionamento da Justiça do Trabalho não desmente as afirmações da ministra, mas confirma, porque é diária as arbitrariedades praticadas por juízes trabalhistas, que mais defendem as campanhas dos sindicatos do que a lei.
Qual o pequeno empresário que não foi injustiçada pela Justiça do Trabalho. Usam do poder para atender às reinvindicações absurdas dos sindicatos. É comum o bloqueio de contas de pesssoas que nem participam desta ou daquela empresa, mas basta ser parente do dono da empresa e sem aviso prévio abusam do poder para bloquear valores.
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