quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

UM PAÍS DE ABERRAÇÕES

O jornalista J. R. Guzzo, em matéria na revista Exame, sob o título acima, escreve interessante artigo, no qual descreve “aberrações" na vida pública do cidadão. Diz que há "permanente depravação de valores, conduzido pelos peixes mais graúdos da "organização social" brasileira." Trata das "medidas essenciais, urgentes e tecnicamente impecáveis para combater o crime e a corrupção...". Assegura que a “oposição enfurecida" contra tais diligências não se origina dos criminosos, mas da OAB, de juízes do STF, de integrantes do Ministério Público e dos filósofos das comunicações. Classifica esse posicionamento de “ode ao suicídio". 

Guzzo escreve que todas essas forças contrárias entendem que no Brasil existe punição demais para os criminosos e não de menos; diz que na visão do PT, segundo Haddad, “o ministro Moro está errado porque não propôs nada contra a verdadeira criminalidade no Brasil: ela está no "genocídio da população negra”, na “letalidade da polícia" e no "excesso de lotação dos presídios”. Os petistas, segundo Guzzo, pregam, para solucionar o crime, "o desarmamento da polícia" para evitar a morte de "suspeitos da prática de crimes", "a soltura de presidiários que estão “desnecessariamente" nos presídios, a redução do “excesso de prisões" e mais o que se pode imaginar do gênero". 

"O que realmente sustenta o movimento em favor do crime, sempre disfarçado de ação para promover os direitos legais dos criminosos é o interesse material dos advogados que os defendem”, elucida Guzzo e acrescenta sobre a defesa dos advogados: “O que lhes interessa, mesmo, é manter, ampliar e criar leis e regras que permitam deixar eternamente em aberto os processos contra os clientes que lhes pagam honorários de verdade. São os corruptos, traficantes de drogas, contrabandistas de armas, empresários sonegadores de impostos – as "criaturas do pântano", de que fala o ministro Paulo Guedes. 

Encerra o excepcional jornalista: “Enquanto houver crimes e processos que não acabam, haverá cada vez mais fortunas em construção".

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