O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a revista Crusoé retire do ar, imediatamente, a reportagem de capa da última edição, sob o título de "O amigo do amigo de meu pai”, codinome do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, no departamento de propinas da empreiteira Odebrecht.
O ministro, na decisão de censura, diz que há "claro abuso no conteúdo da matéria veiculada”. A revista assegurou que a reportagem está embasada em documento que consta nos autos da Operação Lava Jato. O ministro, usando de poderes que não lhe são conferidos, mandou ainda a Polícia Federal tomar depoimentos dos jornalistas. A revista ingressará com recurso ao colegiado do STF para reverter "esse atentado contra a liberdade de imprensa,..."
Crusoé soltou Nota e os jornais e a mídia hipotecaram solidariedade à revista, assegurando que a medida fere o direito de informação:
“Crusoé reitera o teor da reportagem, baseada em documento, e registra o contorcionismo da decisão, que se apega a uma nota da Procuradoria Geral da República sobre um detalhe lateral e a utiliza para tratar como “fake news” uma informação absolutamente verídica, que consta dos autos da Lava Jato. Importa lembrar, ainda, que, embora tenha solicitado providências ao colega Alexandre de Moraes ainda na sexta-feira, o ministro Dias Toffoli não respondeu as perguntas que lhe foram enviadas antes da publicação da reportagem agora censurada.”
A Transparência Internacional também manifestou-se como "intolerável" e um "grave precedente" a decisão do ministro censurando a matéria de Crusoé e de O Antagonista.
A Transparência Internacional também manifestou-se como "intolerável" e um "grave precedente" a decisão do ministro censurando a matéria de Crusoé e de O Antagonista.
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