Uma carta assinada por acadêmicos acusam o papa Francisco de heresia, crime grave no direito canônico. Os autores do documento são católicos conservadores, ultratradicionalistas e querem forçar a saída do pontífice. Não é a primeira vez que ocorre essa reação, pois em 2016 já havia críticas a atuação do papa Francisco; todavia, o documento divulgado não conta com apoio de nenhum dos cardeais ou bispos que são opositores ao pontífice.
A alegada heresia está sustentada no sínodo da família, realizado entre os anos de 2014 e 2015, quando se discutiu mudança da relação da Igreja com os divorciados e com os gays; a ala conservadora, encabeçada pelos acadêmicos, nunca aceitou esse posicionamento. No sínodo, que expediu “Amoris Laetitia”, abriu-se a possibilidade de permitir a comunhão aos divorciados que se casassem novamente, depois de uma preparação.
A heresia é tema bastante dificil de ser analisado e o último pontífice a enfrentar acusação dessa natureza foi o papa João XXII, no século XIV. No Vaticano, o entendimento é de que a carta nem deverá ser submetida à Congregação para a Doutrina da Fé, órgão encarregado de julgar delitos contra a doutrina.
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