O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em entrevista a BBC Brasil, foi indagado, como se portaria se tivesse de decidir um processo contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, seu amigo há 15 anos. Bretas respondeu: “Jamais julgaria algo com relação ao Wilson, por ser meu amigo. Primeiro, (...) não tenho competência. Como governador, ele não responde na primeira instância. Não tem nenhuma situação em que eu teria que julgá-lo".
Prosseguiu Bretas: "Eu o trato como amigo e, se algum dia ele estiver na iminência de vir para a minha jurisdição, a mim caberá dizer: olha, é meu amigo, nesse caso eu não participo. Isso para mim é muito claro”. O magistrado alfinetou o ministro Gilmar Mendes, que não se deu por suspeito no julgamento de Habeas Corpus de Jacob Barata, apesar de ter sido padrinho de casamento da filha do empresário carioca; “Há casos de pessoas que eventualmente julgam até casos que envolvem afilhado de casamento, né? E não se dão por suspeitos ou impedidos”.
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