A juíza Márcia Nunes Lisboa, da Comarca de Salvador, requereu e foi concedida aposentadoria voluntária, publicada no DOE de hoje. A magistrada promoveu importante trabalho na 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, realizando mutirões e conseguiu diminuir o acervo que era de 20 mil processos para situar na faixa de 7 mil.
A juíza dizia que em face do "empoderamento feminino”, "a violência contra a mulher deixou de ser um “crime invisível", que só vinha à tona, depois de uma media de 10 anos de sofrimento, em razão do medo e da vergonha que sentiam, por causa da cultura do sistema patriarcal, pois eram sempre culpabilizadas pela violência que sofriam". Márcia assegura que a Lei Maria da Penha favorece este cenário: “Antes, a violência contra a mulher era crime de menor potencial ofensivo: os agressores sequer iam presos e ainda debochavam das vítimas".
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