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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

DESEMBARGADOR É ALVO DE BUSCAS

O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi alvo, ontem, de sete mandados de buscas e apreensões, cumpridos pela Polícia Federal, na casa e em endereços ligados ao magistrados; a medida foi determinada pelo ministro Luis Felipe Salomão, do STJ, que apura venda de sentenças. Darlam terá de se defender em inquéritos, no STJ, uma representação na Presidência do Tribunal de Justiça e uma investigação no CNJ para apurar faltas disciplinares. 

No STJ, a acusação é de que o desembargador, nos plantões judiciários, vendia a concessão de Habeas Corpus, liberando presos. Um dos casos mencionados refere-se a Marco Antonio Figueiredo Martins, suspeito de chefiar uma milícia, em Del Castilho, no Rio, que foi liberado por um Habeas Corpus concedido por Darlan. Outros casos foram divulgados pelo jornal O Globo, a exemplo da colaboração premiada de um preso que contou ter ouvido de outro preso falar que Ricardo Abud, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Resende, pagou R$ 50 mil a um intermediário do magistrado; o outro caso envolve inquérito do preso Samyr Jorge João David; seu advogado Hugo Sant’anna Onofre direcional dois Habeas Corpus para o plantão de Siro Darlan, que concedeu a ordem, mas o desembargador-relator, Flávio Marcelo de Azevedo Horte Fernandes, determinou nova prisão.

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