O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva requereu ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal de Brasília, adiamento de seu interrogatório na Operação Zelotes, marcada desde o ano passado, para 11 de fevereiro, sob o fundamento de que irá ter um encontro com o Papa. Lula é acusado de participar de venda de medida provisória para beneficiar empresas do setor automobilístico.
Os advogados informam que a viagem ao Vaticano está agendada para o dia 12 de fevereiro e no dia 13 terá encontro com o papa Francisco. Lula ficou preso por mais de 500 dias, porque condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso triplex; outra condenação de 17 anos, 1 mês e 10 dias, deu-se no caso do sítio de Atibaia/SP. Há mais seis processos criminais tramitando contra o ex-presidente, além de dois inquéritos policiais.
Vejam a chicanagem dos advogados de Lula: a denúncia deste processo foi recebida em setembro/2017 e o interrogatório marcado desde o ano passado, mas, às vésperas da diligência, os advogados criam viagem exatamente no período do comparecimento para se defender na 10ª Vara Federal. Ademais, o que é mais importante, em termos institucionais, a visita de Lula ao Papa ou seu interrogatório numa ação que já perdura por muitos anos?
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