sábado, 25 de abril de 2020

MORO “NÃO ESTOU À VENDA"

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, apresentou ao Jornal Nacional de ontem, 24/04, provas das acusações desferidas, durante a entrevista coletiva, que anunciou seu desligamento do governo. A interferência política nas investigações da Polícia Federal e a insistência para demitir o diretor-geral da instituição destinava-se a facilitar para o presidente Jair Bolsonaro acesso às informações e relatórios da Polícia Federal, especialmente aqueles referentes aos seus filhos envolvidos em processos e investigações. 

Moro assegurou que Bolsonaro buscava informações especiais acerca de inquéritos tramitando no STF, como o da Fake News, que acabou descobrindo a participação ativa de Carlos Bolsonaro, que deverá ser denunciado. O Jornal Nacional de ontem mostrou também a troca de mensagens entre Moro e Bolsonaro, onde este apresenta relação de 10 deputados sob investigação e afirma mais uma vez a necessidade da troca de comando na Polícia Federal. 

A documentação desmente as afirmações de Bolsonaro, inclusive sobre a indicação para o STF; Moro apresentou prints trocado com a aliada do Presidente, deputada Carla Zambelli, na qual ela promete interceder ao presidente pela indicação para o STF e o ex-ministro responde peremptoriamente: "Não estou à venda”.

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