Casa Rosada em Buenos Aires |
A maioria dos juízes argentinos, considerando a pandemia do coronavirus e a infraestrutura das penitenciárias, passou a liberar muitos presos, mesmo os que cometeram crimes graves, a exemplo do empresário Carlos Dalmasso, condenado por ter estuprado dois filhos adotivos; foram liberados, ultimamente, 1.700 presos. Como no Brasil, a superlotação dos presídios é gigantesca: somente em Buenos Aires há 52 mil presos em penitenciárias que suportam 24 mil.
Os detentos iniciaram motins, colocando fogo em colchões e quebrando o teto da prisão de Devoto, em Buenos Aires; do alto da prisão reclamaram que não queriam morrer; outras rebeliões aconteceram com greve de fome e outros movimentos, principalmente depois da infecção de dois presos que foram isolados; seguiram-se a Buenos Aires, Córdoba, Salta e San Luis. O pior é que os liberados não usaram nem a tornozeleira eletrônica, porque em falta.
O presidente, Alberto Fernandez manifestou-se contra a liberação de presos para domiciliar, com condenação por crimes violentos, mas os panelaços começaram a acontecer. Diante desses fatos, a Suprema Corte da Provincia de Buenos Aires suspendeu as liberações; todavia, a decisão não atinge outros cidades. Mesmo sendo matéria de competência do Judiciário, o povo protesta contra o Presidente da República.
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