Netanyahu no Tribunal |
O Tribunal do Distrito da Cidade Santa, em Jerusalém, composto por três magistrados, iniciou no domingo, 24 de maio, o julgamento do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que responde pela prática do crime de corrupção; é a primeira vez que um governante do país, no exercício do cargo, participa de um processo no Tribunal para livrar-se da acusação que lhe é imputada. O processo contra Netanyahu, resumido pelos promotores em mais de 800 páginas, é longo, e o Tribunal deverá interrogar até 140 testemunhas entre as quais ex-ministros. Netanyahu está no poder desde o ano de 2009, quando o presidente Shimon Peres apontou seu nome para primeiro-ministro.
O antecessor de Netanyahu, Ehud Olmet, primeiro-ministro entre os anos de 2006 a 2009, envolveu-se em seis processo por corrupção e fraude; em 2008, desistiu de concorrer ao cargo, e em 2014 foi condenado a seis anos de prisão pela prática do crime de corrupção, além de outras condenações se seguiram.
Os magistrados investigam, além de outras acusações, benefícios concedidos a empresas por Netanyahu, no cargo de primeiro-ministro; o caso mais escabroso é uma vantagem fiscal conferida ao grupo de telecomunicações Bezeq, em torno de R$ 2 bilhões; Netanyahu recebeu em troca um portal informativo para satisfazer seus interesses políticos.
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