Enquanto o presidente Jair Bolsonaro visita, sem agendamento, o Procurador-geral da República, Augusto Aras, promete-lhe uma vaga no STF e oferece-lhe a Ordem do Mérito Naval, uma das maiores honrarias militares, mais de 500 procuradores lançaram um manifesto um manifesto, pedindo independência do Ministério Público Federal. No documento, pedem que o chefe do Ministério deve originar-se de escolha dos membros da instituição, em lista tríplice. Sabe-se que o atual Procurador foi o primeiro indicado sem constar na lista tríplice, nesses últimos 16 anos.
A Associação Nacional dos Procuradores da República defende também a "constitucionalização da lista tríplice para a escolha do PGR". No documento afirma que “o procedimento colaborou sobremaneira para a democracia interna do Ministério Público Federal e para o avanço da transparência e da independência da instituição”.
Aras tem sido criticado pelos seus pares em vários momentos: quando pediu a abertura das investigações sobre a interferência no presidente na Polícia Federal, incluindo no requerimento o ex-ministro Sérgio Moro; mudou de opinião, quando pediu a suspensão do inquérito das fake News, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes; outro posicionamento de Aras, contestado por seus pares, deu-se no pedido de apuração de ato contra o STF, em abril, no qual o presidente participou, mas a investigação requerida não incluiu o nome de Bolsonaro.
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