O presidente Donald Trump não suspende com as ameaças aos manifestantes e aos governadores, provocando críticas dos opositores e de religiosos; o presidente promete mandar às ruas soldados do Exército, caso prefeitos e governadores não tomem providências nas 140 cidades, onde as manifestações prosseguem. O chefe da polícia de Houston, Art Acevedo, em entrevista à CNN falou em nome dos policiais do país: “Se você não tem algo construtivo a dizer, cale a sua boca. Porque você está colocando homens e mulheres nos seus 20 e poucos anos em risco. Não se trata de dominar, e sim de conquistar corações e mentes".
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, publicaram Nota conjunta: “Em um momento em que nosso país clama por unificação, este presidente o está dilacerando. Lançar gás lacrimogêneo em manifestantes pacíficos, sem provocação, só para que o presidente pudesse posar para fotos do lado de fora de uma igreja". Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, confessou, em discurso, que a organização está “chocada” e “horrorizada" com a morte de Floyd. O candidato dos democratas à presidência, Joe Biden prometeu enfrentar o racismo e a violência policial e unificar o país.
Esse posicionamento de Trump só faz aumentar o números de manifestantes. Na madrugada de ontem foram presas em vários estados centenas de pessoas e cinco policiais baleados. Os protestos já alcançam Sydney, Paris, Amsterdã, Londres, Berlim, Barcelona e a cidade do México; a União Europeia e a ONU apoiam os protestos. O povo apoia os protestos, chegando ao ponto de um morador, na região de Logan Circle, em torno de 3 quilômetros distante da Casa Branca, proteger 70 ativistas dentro de sua casa até a passagem da polícia.
O ímpeto beligerante de Trump, resultou na colocação de tanques blindados, soldados e cavalaria para avançar sobre os manifestantes pacíficos, em frente à Casa Branca, na segunda feira, à noite. E por que Trump assim procedeu: simplesmente porque queria atravessar a praça para tirar uma foto em frente à igreja de St. John, com uma bíblia. Essa conduta do presidente foi bastante censurada. Uma bispa declarou: “O presidente posou com a Bíblia e usou uma de nossas igrejas, sem a nossa permissão, como apoio para dar uma mensagem que vai contra os ensinamentos de Jesus e contra tudo o que nossa igreja defende. Estou indignada".
A matéria é do jornal Folha de São Paulo.
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