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domingo, 30 de agosto de 2020

ADVOGADA MORRE NA PRISÃO

A advogada Ebru Timtik foi condenada em março/2019 a 13 anos e seis meses de prisão, na Turquia, sob acusação de pertencer a uma organização terrorista; em janeiro, ela iniciou greve de fome e 238 dias depois, em greve de fome, morreu; tornou-se a quarta prisioneira turca a morrer em greve de fome. O julgamento da advogada e de mais 17 advogados mereceu críticas “num julgamento polémico e no qual a defesa criticou a falta de acesso às provas e o tribunal aceitou testemunhas anónimas". Um mês depois de iniciada a greve, outro advogado, Aytaç "Unsal, também preso aderiu ao movimento de greve de fome. Os dois foram hospitalizados e o Tribunal recusou-se em liberá-los, mesmo com "um relatório do Instituto de Medicina Forense de Istambul ter detalhada a sua derioração física”. 

A vice-presidente da associação de direitos humanos IHD, Eren Keskin, escreveu no seu Twitter: “A vontade política interveio e emitiu um mandado para a sua prisão. O pico da injustiça já foi atingido. Não se esqueça que isso pode acontecer consigo amanhã. Não se cale, levante a voz!" A Associação de Advogados Progressistas, na qual a advogada era filiada soltou nota: “Acabamos de perder a nossa amiga advogada Ebru Timtik, que morreu após 238 dias em jejum para pedir um julgamento justo”. A presidente da OAB de Ancara declarou: “Há meses que não ouvem os gritos por um julgamento justo. Taparam os ouvidos e viraram-lhes as costas. Mataram a justiça e a consciência".

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