A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA suspendeu o recesso, que iria até setembro, para votar lei que proíbe mudanças nos serviços prestados pelo correio do país. Os parlamentares retornarão às atividades no próximo sábado, 22/08, e o motivo é que o presidente Donald Trump tem atacado a votação pelos correios. Ademais, a Covid-19, que já matou quase 170 mil americanos, cria dificuldades de logística, no pleito de 3 de novembro. O diretor do correio, Louis DeJoy, nomeado em junho, que doou para a campanha de Trump R$ 14.5 milhões, ordenou mudanças operacionais e redução de horas extras para os funcionários o que pode comprometer a entrega dos votos.
Ademais, Trump deu entrevistas diminuindo o potencial dos correios para cumprir a missão de entregar os votos tempestivamente. Em Nova Jersey declarou: “o voto universal por correio será catastrófico e fará dos EUA uma piada no mundo". Aliás, o presidente tem-se movimentado de toda forma para obter um segundo mandato e chegou a propor adiamento das eleições. Procuradores-gerais e legisladores estão discutindo meios para impedir mudanças no serviço postal, capaz de afetar o pleito presidencial. O Procurador da Virgínia, Josh Shapiro, assegurou: “Não se engane, o presidente dos Estados Unidos está tentando enfraquecer a eleição”.
O presidente bloqueou proposta dos democratas para envio de recursos para o serviço postal do EUA. Acaso, haja atraso no resultado do pleito, a escolha do presidente, em 20 de janeiro, caberá a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
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