O desembargador Marcos Pinto da Cruz, segundo a Procuradoria-geral da República, está envolvido na corrupção que afastou o governador do Rio de Janeiro. O ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, em delação, diz que o magistrado lhe procurou para receber da Secretaria dívidas trabalhistas das organizações sociais, agilizando desta forma o pagamento das entidades à Justiça e o recebimento de “restos a pagar” ao estado. Segundo o delator, deveria ser contratado um escritório de advocacia para repassar a propina de 10%, para a firma da irmã do desembargador, advogada Eduarda Pinto da Cruz. A divisão da propina criou dificuldades para contratar as entidades. O livro de controle mostra que o desembargador encontrou-se com o governador em setembro e outubro, de conformidade com o relator do ex-secretário.
Os investigadores afirmam que o escritório da irmã do desembargador recebeu R$ 795 mil da empresa Atrio Rio, no período de junho/2018 a janeiro/2019. O COAF constatou movimentações de recursos atípicos na conta do desembargador no mesmo período. Outro desembargador envolvido é Fernando Zorzenon da Silva, ex-presidente do TRR-1, vinculado ao esquema de suspensão de execuções e penhoras. O escritório do filho do magistrado recebeu R$ 360 mil de um grupo de empresarial. A matéria é do jornal Folha de São Paulo.
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