Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski aproveitaram a ausência da ministra Carmen Lúcia e Celso de Mello para julgar um pedido do advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sentido de retirar dos autos a delação do ex-ministro Antonio Palocci. Todavia, em nada aproveita à defesa de Lula, mas presta-se apenas para retardar o julgamento. Neste sentido o ex-juiz Sergio Moro publicou a seguinte Nota:
"Relativamente às afirmações efetuadas pelos Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski sobre parcialidade no julgamento do ex-Presidente Lula, cabe respeitosamente informar:
a) O ex-Ministro Antonio Palocci já havia prestado depoimento público na mesma ação penal sobre fatos atinentes ao ex-Presidente, portanto a inclusão da delação não revelou nada de novo;
b) A inclusão da delação no processo visou a garantia da ampla defesa, dando ciência de elementos que eram relevantes para o caso e que ainda não haviam sido juntados aos autos, como exposto no despacho;
c) Eu, como juiz, sequer proferi sentença na ação penal na qual houve a inclusão da delação de Polocci;
d) A sentença condenatória contra o ex-Presidente que proferi é de julho de 2017, ou seja, foi em outra ação penal e muito antes de qualquer campanha eleitoral, sendo ainda confirmada pelo TRF4 e STJ."
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