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terça-feira, 25 de agosto de 2020

PADRE ROBSON É INVESTIGADO

Padre Robson Oliveira
As investigações sobre a atuação do padre Robson de Oliveira, na AFIPE, inciaram em 2018, quando o sacerdote foi vítima de extorsão e, seguindo orientação da polícia, fez o pagamento simulado da chantagem. O hacker foi condenado pela tentativa de tentar extorquir valores do padre. Nas investigações do Ministério Público, a igreja, através da arquidiocese, afastou o padre da prática de ato do ministério sacerdotal, apesar de o padre já ter antecipado e pedido seu afastamento da reitoria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade/GO, e da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno, AFIPE, responsável pelo recebimento e aplicação de recursos recebidos dos fiéis.

A Arquidiocese publicou Nota sobre o afastamento do padre, assegurando que prende-se "a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”. A Arquidiocese contratou uma empresa para fazer auditoria nas contas da AFIPE, mas nega que os valores arrecadados com doações tenham sido usados pelo padre fora das atividades religiosas.

Por outro lado, o padre é investigado pelo Ministério Público que, diferentemente da Arquidiocese, afirma ter havido aplicação de valores com finalidades estranhas às atividades da igreja. O Ministério Público chegou a pedir prisão preventiva do padre, mas a juíza Placidina Pires indeferiu, sob argumento de que o padre é "líder religioso, primário e de bons antecedentes criminais”. Assegurou que "a simples existência de indícios da prática de crimes de natureza grave" não bastam para expedir mandado de prisão. A magistrada negou também o afastamento do padre do cargo diretivo e não proibiu, como queria o Ministério Público, o acesso do padre à AFIPE.

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