A mais antiga magistrada da Suprema Corte americana, indicada pelo presidente Bill Clinton, em 1983, Ruth Bader Ginsburg, faleceu na sexta feira, 18/09; ela recusou-se em aposentar e dizia que seu "maior desejo é não ser substituída antes de um novo presidente tomar posse". Mal morreu, os republicanos já anunciam que querem indicar a nova juíza o mais rápido possível; é que com essa indicação o Partido Republicano passa a contar com maioria na Corte, 6x3, porque composta por 9 juízes e os cargos são vitalícios. Eram cinco juízes conservadores, que se identificam com o partido de Trump, e quatro progressistas, que se aproximam dos democratas.
Os democratas já iniciaram a luta para que a indicação ocorra depois das eleições presidenciais. Como no Brasil, o Presidente indica e o senado apoia ou recusa. Os republicanos têm maioria e é de prever-se que o substituto da juíza Ginsburg terá os mesmos princípios do partido conservador. Já houve um precedente: Barak Obama, com a morte do juiz conservador Antonin Scalia, indicou um substituto, mas o líder do senado ignorou a indicação, sob fundamento de que "não fazia sentido uma aprovação em ano eleitoral". Naquela época faltavam nove meses para as eleições e agora temos apenas 46 dias até o 3 de novembro.
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