Segundo o documentário "O Dilema das Redes", o preço para essa "farra", é muito grande, e não percebemos; os danos iniciam-se pelas fake news e passam por outras agressões à inocência dos menores ou à boa-fé dos maiores. Inicialmente, os profissionais especializados nessa tecnologia asseguram que o Facebook, Instagram, Twitter, You Tube e Tik Tok não se preocupam com o bem-estar das pessoas, mas visam eminentemente obter lucro, daí o esforço das redes em incutir no consumidor a permanência de maior tempo nesses aplicativos, em nítido empenho para torná-los viciados. Os lucros dos empresários situam-se na venda ilegal aos seus anunciantes do "produto", que é o usuário, conseguindo "mudar o que você faz, o que você pensa, quem você é". Eles rastreiam, através de eficientes algoritmos a vida do usuário, seus gostos e opiniões pessoais, antecipando seus desejos nas redes sociais. Um dos técnicos afirma que a inteligência artificial já domina o homem, através das redes sociais.
As empresas conseguem prender o usuário, influenciar e direcionar todos os seus sentimentos para aquilo que eles programam, sempre objetivando lucro na ação; e a inocência do "navegador" não percebe para onde ele está sendo levado, porque o meio usado é imperceptível e a ação é silenciosa, mas que produz resultados. O documentário "O Dilema das Redes" mostra tudo isso e muito mais, "elenca os efeitos deletérios dessa dependência sobre a vida pessoal". As fake news transformam o mundo íntimo das pessoas para atacar a moral e a individualidade do outro. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil as fake news mudaram o resultado das eleições em 2016 e 2018 e da consulta popular no Reino Unido. E o mais impressionante, diz o documentário, é que as fake news alcança velocidade seis vezes mais que o noticiário verdadeiro. É que se servem do uso massivo dos robôs.
Enfim, o mundo está transformando para rumos indesejados pelo cidadão; só que a percepção dessa mudança é tão perspicaz que demora para ser avaliada.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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