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sábado, 17 de outubro de 2020

BOLSONARO E A CORRUPÇÃO

O senador Rodrigo Pacheco, do DEM/RR, flagrado com mais de R$ 33,1 mil nas nádegas, foi afastado do cargo de Senador da Repúblico, pelo prazo de 90 dias, pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, mas para que a medida se concretiza, necessária ratificação da decisão de Barroso, pelo Senado federal. O senador era um dos vice-líderes do governo do presidente Jair Bolsonaro, que, na véspera da ocorrência, declarou que não há corrupção no seu governo. O debate está sendo travado no Senado, mas é improvável que os colegas de Pacheco tomem a iniciativa de cassar seu mandato, como querem alguns senadores; ademais, se, por acaso, Pacheco perder o mandato, o que é quase impossível, seu filho, como suplente assumirá o cargo de senador da República. Aliás, já houve um precedente, quando o STF afastou o senador Aécio Neves e o Plenário do Senado derrubou a decisão da Corte, permanecendo no cargo Aécio.  

O presidente Jair Bolsonaro deparou com dois sérios entraves à sua afirmação de ser contrário à corrupção: o primeiro deu-se quando não seguiu a orientação de seu ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, para vetar dispositivo no CPP, inserido pelo Centrão, que oferece facilidade para a liberdade de corruptos, traficantes e outros criminosos; o outro deu-se com a escolha pessoal do senador Pacheco como seu vice-líder e que ocupava a comissão de ética do Senado. Não tem como o presidente assegurar que o senador não fazia parte de seu governo, pois atuava como vice-líder e era amigo pessoal de Bolsonaro. 



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