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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

DEVOLUÇÃO EM DOBRO NÃO EXIGE MÁ FÉ

A Corte Especial do STJ, depois de muitos debates e controvérsias, aprovou a tese de interpretação do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Não havia consenso entre as Turmas, mas ontem chegou-se à conclusão, aprovando três teses sobre o assunto:

1. A restituição em dobro do indébito (parágrafo único do art. 42 do CDC) independe da natureza do elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor indevido, revelando-se cabível quando a cobrança indevida consubstanciar conduta contrária à boa-fé objetiva

2. A repetição de indébito por cobrança indevida de valores referentes a serviços não contratados promovida por empresa de telefonia deve seguir a norma geral do lapso prescricional (10 anos, artigo 205 do Código Civil) a exemplo do que decidido e sumulado (Súmula 412/STJ) no que diz respeito ao lapso prescricional para repetição de medida de tarifas de água e esgoto

3. Modular os efeitos da presente decisão para que o entendimento aqui fixado seja aplicado aos indébitos não-decorrentes da prestação de serviço público a partir da publicação do acórdão     



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