O livro Lesbian Genius tem causado muita polêmica na França. A autora, ativista Alice Coffin, vereadora em Paris, defende a eliminação dos "homens das nossas mentes, das nossas imagens e das nossas representações". Coffin é radical e assegura que dá o exemplo, porque "não lê livros, não ouve músicas, não vê filmes feitos pelo sexo oposto". O debate foi criado pelas próprias feministas francesas, a exemplo da ex-ministra da igualdade de gênero da França, Marlène Schiappa que acusa Coffin de pregar "uma forma de apartheid"; uma locutora de rádio, Sonia Mabrouk indagou da autora do livro se ela não estava promovendo o "obscurantismo" ou uma "forma de totalitarismo". Mas o castigo maior para Coffin veio da Universidade Católica de Paris que recusou renovar seu contrato.
Uma autora de um livro sobre intelectuais de esquerda, contrapõe ao projeto do livro, afirmando que Simone de Beauvoir, filósofa e escritora ativista dos direitos das mulheres, se viva, classificaria o ato da vereadora como uma "cruzada contra os homens totalmente ridícula". Beauvoir, bissexual, viveu por décadas com o escritor Jean-Paul Sartre e nunca insurgiu-se contra os homens e mulheres na cama e na discussão social.
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