Trump entendeu que os Estados Unidos já se bastava e não queria bom relacionamento com os povos de outros países, salvo para obter benefícios sem nada conceder. Com este objetivo mudou as normas para imigração e despachou para suas pátrias muitas pessoas que já residiam no país há muitos anos; separou filhos dos pais, prendeu e trabalhou para conquistando antipatia dos seus atos e isolando os Estados Unidos diante de todo o planeta. Não é a toa que quase toda a imprense falada e escrita critica sua intolerância e sua prepotência. Trump suspendeu o financiamento à OMC, porque queria acabar com as viagens à China e não contou com o apoio da entidade que se dedica à proteção da saúde em todo o mundo.
Trump nunca aceitou os tribunais internacionais e perseguiu o Tribunal Penal Internacional, impondo sanções econômicas e proibindo vistos para seus membros. Esta medida foi tomada depois que o Tribunal prometeu investigar os crimes cometidos pelo país na Guerra contra o Afeganistão, entre os anos de 2003 e 2014. Investiu contra a Organização Mundial do Comércio e não indicou novos juízes para o órgão de apelação, acusando de atender aos interesses da China. Até contra o Conselho de Direitos Humanos da ONU Trump manifestou-se retirando sua representação do Conselho. Neste caso ele acusa o órgão de realizar campanha contra o governo de Israel. Muitos outros organismos internacionais mereceram a antipatia e a importunação do presidente americano, a exemplo do Acordo de Paris que ele abandonou, porque contrário à proteção do meio ambiente.
O relacionamento comercial só acontece quando há substanciais vantagens para o país que dirige, como se fosse dois executivos buscando maior proveito econômico e somente isto; não está na conta de Trump a utilidade para as duas partes, pois só lhe serve se derrubar o concorrente. Os países respeitam, atualmente, os Estados Unidos mais pela fortaleza de suas armas do que mesmo pelo respeito ao seu despótico governante.
Salvador, 19 de outubro de 2020.
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